sexta-feira, 27 de abril de 2012

CORONEL JOSÉ VIEIRA DE SOUZA


Vultos como esse raramente surgem no cenário da vida, onde, comumente, as paixões mesquinhas e os interesses subalternos costumam degradar os indivíduos, crestando bem cedo os belos sentimentos que dignificam e elevam a alma humana.

A história de Rio Casca está cheia de heróis e de valorosos lutadores pela sua grandeza e pela sua gloria.

Dentre  os nossos antepassados sobressai, entretanto, circundada de um halo de simpatia e de veneração, a figura varonil e austera do saudoso Coronel José Vieira de Souza.

Descendendo de uma distinta família portuguesa que residiu, por longos anos, no município de Ponte Nova, o distinto cavalheiro, ainda muito moço, passou a habitar esta localidade, onde, pouco tempo depois, contraiu núpcias  com a Sra. D. Maria Madalena da Purificação filha de Furriel Ângelo Vieira de Souza, o fundador de Rio Casca.
Educado na lavoura, cujos segredos conhecia perfeitamente, passou logo a cultivar a terra, tornando a fazenda do Ouro – Fino um dos centros agrícolas mais prósperos e mais adiantados daquela ocasião.

Possuindo rudimentar cultura literária, o Cel. José Vieira de Souza era, todavia, dotado de uma inteligência lúcida e pouco comum e de admirável vivacidade de espírito.

Amigo sincero do povo, que lhe prestava um verdadeiro culto de estima, defensor desinteressado das grandes causas públicas, o honrado varão teve, por muito tempo, enfeixados em suas mãos todos os poderes políticos do antigo distrito de Bicudos.

Filiado, no extinto regime, ao partido liberal, de que foi sempre um dos vultos mais notáveis no município de Ponte Nova, o digno cidadão praticava política com elevação de vistas, guiado pelos nobres sentimentos que tanto destinguiram o seu caráter. Extremamente tolerante e profundamente liberal jamais se serviu ele da vasta influencia política de que gozava para a satisfação de qualquer capricho. Vivendo em uma época de grande prosperidade e tendo uma das fazendas mais produtivas do então distrito de Bicudos, podia o eminente cavalheiro Ter acumulado para sua família uma fortuna duas ou três vezes maior do que a que deixou se não fora seu espirito nimiamente caridoso aliado ao seu desejo constante de contribuir para a mitigação dos sofrimentos alheios.

Procurando continuar a obra do Furriel Ângelo, seu venerando sogro, deixou o Cel. José vieira de Souza traços inapagáveis de sua poderosa individualidade através da História desta localidade que lhe deve soma considerável de serviço.

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