quinta-feira, 18 de outubro de 2012

PERSONALIDADES POPULARES


CELSO MUSQUEIRA DE MIRANDA


CAÇAPA


ADÃO


ARQUITETURA

ANTIGO PRÉDIO DO FORUM, COLETORIA ESTADUAL, CAIXA ECONOMICA ESTADUAL


ESTAÇÃO FERROVIÁRIA



VISTA PANORAMICA


AUTOMOVEL CLUB


CAPELA



MATRIZ



PREFEITURA




PRAÇA DA MATRIZ






CAIXA ECONOMICA ESTADUAL HOJE DELEGACIA DE POLICIA


DEPOIS ANTIGA CADEIA



ANTIGO GRANDE HOTEL




ANTIGA PRAÇA








DENTRO DA IGREJA MATRIZ ANTES DA REFORMA FEITA PELO CONEGO



IGREJA SAO SEBASTIÃO



HOSPITAL


RIO CASCA NO TUNEL DO TEMPO


quarta-feira, 18 de julho de 2012

VOVÓ JOANA E O CAVALINHO





No início do século XX, Rio Casca possuía uma ligação direta com a capital do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, através da Estrada de Ferro Leopoldina. Assim recebeu toda influência das manifestações culturais do Rio de Janeiro, inclusive o carnaval.
Com a criação das escolas de samba do Rio de Janeiro apareceram as alegorias com bonecos grandes e estilizados, inspirando assim dois foliões riocasquenses que criaram também, não uma escola de samba, mas sim uma alegoria representando as negras rechonchudas e festeiras que por aqui permaneceram após a Abolição da Escravatura.

Foi no carnaval de 1932, que os senhores Orly Cabrita e Zé de Sá Joana apresentaram sua criação. Uma grande boneca preta conduzida por um folião que fica camuflado dentro dela rodopiando pelas ruas ao som da batucada.

Esta grande boneca foi construída de uma espécie de bambu, ou seja, a taquara trançada dando forma ao corpo da boneca; a cabeça retrata o rosto com grandes bochechas , sempre pintados, um lenço na cabeça, vários adornos como brincos e argolas, batom em cor vermelha nos lábios destacados e um colar no pescoço; os braços e mãos eram feitos de pano preto e recheados com paina de taboa, o figurino é constituído de um vestido bem rodado, sempre muito colorido com rendas na borda.

A grande boneca recebeu o nome carinhoso de Vovó Joana como uma referência à avó de um dos seus criadores o Sr. Zé de Sá Joana.

Devido ao grande sucesso da boneca Vovó Joana, no carnaval seguinte, ela teve que desfilar pelas ruas da cidade durante a folia, protegida por um grupo de pessoas, para que um tropeço na multidão que a assediava, não provocasse uma queda ao chão.
Mais uma vez a criatividade dos foliões da época liderados pelos senhores Orly Cabrita e Zé de Sá Joana, se manifesta através da construção de um cavalinho também confeccionado de taquara trançada e com uma cabeça estilizada, feita com pano e recheado com paina de taboa, barbante, cordas e também conduzido por um folião fantasiado e com chicote e outros adornos.

Este cavalinho é pendurado nos ombros do folião através de alças camufladas permitindo movimentos semelhantes ao de um vaqueiro. O cavalinho que logo passou a fazer o mesmo sucesso da boneca tinha a finalidade de proteger a Vovó Joana do assédio dos foliões durante os desfiles, evitando acidentes pois o folião que conduz a boneca preta conta apenas com um pequeno orifício localizado na barriga dela para enxergar o caminho.

Desta maneira o cavalinho foi inserido no contexto formando o conjunto Vovó Joana e o Cavalinho, a maior referência do carnaval riocasquense.

A Vovó Joana e o Cavalinho transformaram-se em uma tradição, devido a presença constante no carnaval de Rio Casca, mantendo um calendário e trajeto durante 70 anos, cativando assim outras gerações. Como apontamentos para a história devem ser registrados nomes de pessoas que estão diretamente relacionados com a Vovó Joana e o Cavalinho, como Zé Sabino, José Líbio dos Santos (Libinho), Zé Bicalho, Batom, Mumunde, dentre outros.
Conforme trabalho de pesquisa, durante os 75 anos da Vovó Joana e o Cavalinho, foram construídos 6 bonecos com diferentes materiais, como ferro, cimento, gesso, fibras, mas sempre conservando suas características iniciais.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

A VOZ DE RIO CASCA


Essa foto e do meu avô Joaquim Miranda (Quica Miranda) quando tomou posse como prefeito de Rio Casca em 1955.

domingo, 6 de maio de 2012

A criação do Município:



O Congresso Mineiro, mediante representação de 1.300 eleitores e de várias outras pessoas, decretou a lei n. 556 de 30 de agosto de 1911, que criou o Município de Rio Casca e vários outros.

Desmembrado do município de Ponte Nova, juntamente com os distritos de S. Pedro dos Ferros e S. Sebastião de Entre Rios, Bicudos foi então elevado a Vila com a denominação de Rio Casca, nome tirado da corrente fluvial que banha a sua sede.

O decreto n. 3.395 de 02 de janeiro de 1912 considerando que Rio Casca  havia satisfeito as exigências da lei 556, marco o dia 31 de março daquele ano para se procederem as eleições de vereadores e juizes de paz da Vila de Rio Casca.

As eleições realizaram-se em meio da maior harmonia possível congraçadas como se achavam todas as forças políticas do lugar em torno do emitente Dr. José Cupertino Teixeira Fontes que vinha de conquistar, com seus decididos esforços, a criação do município de rio Casca.

Nos solene festejo que se realizou naquele dia para a celebração desse excepcional acontecimento, o ilustre orador oficial Dr. Bemjamin Vieira Coelho proferiu um discurso notável pelo seu fundo e pela sua forma elegante e aprimorada e no qual destacava a personalidade do grande filho de Rio Casca.

Vamos, aqui, reproduzir um dos seus trechos mais empolgantes:

“Todas as grandes datas possuem os seus heróis: o herói da festa de hoje, a pessoa sobre cuja cabeça devem se derramar em profusão rescendentes pétalas de rosas é o Dr. José Cupertino Teixeira Fontes! Os grandes homens, apesar de separados uns dos outros pela muralha dos anos, se identificam pelos seus pontos de contatos que os fazem colocar no mesmo degrau da história. Separam-nos as épocas, mas os une a semelhança dos seus feitos. Ao lado de Ângelo Vieira, homem probo, trabalhador e honrado, mas sem o amanho da inteligência, se coloca, como seu digno sucessor, na mesma paralela, mas com maior descortino de visão, a pessoa desse outro grande benemérito, desse bom filho que tudo tem feito para a elevação do seu berço natal – o Dr. José Cupertino Teixeira Fontes tem trabalhado tanto a bem deste lugar que atualmente tomou as proporções de seu grande benfeitor; por sua terra pode-se dizer como nos cantares, que suas mãos são como anéis de ouro engastados de turquesas essas cristalizadas no grande amor que consagra ao seu berço natal, que tem crescido na proporção do seu grande prestigio político, turquesas essas engastadas na magnífica coroa dos seus grandes esforços, da sua boa vontade, com sacrifício mesmo de separação da família, pelo desenvolvimento e pelo progresso de seu pedaço de terra!”

sexta-feira, 27 de abril de 2012

CORONEL JOSÉ VIEIRA DE SOUZA


Vultos como esse raramente surgem no cenário da vida, onde, comumente, as paixões mesquinhas e os interesses subalternos costumam degradar os indivíduos, crestando bem cedo os belos sentimentos que dignificam e elevam a alma humana.

A história de Rio Casca está cheia de heróis e de valorosos lutadores pela sua grandeza e pela sua gloria.

Dentre  os nossos antepassados sobressai, entretanto, circundada de um halo de simpatia e de veneração, a figura varonil e austera do saudoso Coronel José Vieira de Souza.

Descendendo de uma distinta família portuguesa que residiu, por longos anos, no município de Ponte Nova, o distinto cavalheiro, ainda muito moço, passou a habitar esta localidade, onde, pouco tempo depois, contraiu núpcias  com a Sra. D. Maria Madalena da Purificação filha de Furriel Ângelo Vieira de Souza, o fundador de Rio Casca.
Educado na lavoura, cujos segredos conhecia perfeitamente, passou logo a cultivar a terra, tornando a fazenda do Ouro – Fino um dos centros agrícolas mais prósperos e mais adiantados daquela ocasião.

Possuindo rudimentar cultura literária, o Cel. José Vieira de Souza era, todavia, dotado de uma inteligência lúcida e pouco comum e de admirável vivacidade de espírito.

Amigo sincero do povo, que lhe prestava um verdadeiro culto de estima, defensor desinteressado das grandes causas públicas, o honrado varão teve, por muito tempo, enfeixados em suas mãos todos os poderes políticos do antigo distrito de Bicudos.

Filiado, no extinto regime, ao partido liberal, de que foi sempre um dos vultos mais notáveis no município de Ponte Nova, o digno cidadão praticava política com elevação de vistas, guiado pelos nobres sentimentos que tanto destinguiram o seu caráter. Extremamente tolerante e profundamente liberal jamais se serviu ele da vasta influencia política de que gozava para a satisfação de qualquer capricho. Vivendo em uma época de grande prosperidade e tendo uma das fazendas mais produtivas do então distrito de Bicudos, podia o eminente cavalheiro Ter acumulado para sua família uma fortuna duas ou três vezes maior do que a que deixou se não fora seu espirito nimiamente caridoso aliado ao seu desejo constante de contribuir para a mitigação dos sofrimentos alheios.

Procurando continuar a obra do Furriel Ângelo, seu venerando sogro, deixou o Cel. José vieira de Souza traços inapagáveis de sua poderosa individualidade através da História desta localidade que lhe deve soma considerável de serviço.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

HISTÓRIA



Em 1826, Francisco Ferreira Maciel Laia, que se havia embrenhado pela densa mataria às margens do Rio Casca, arriscando a sua vida ante mil perigos que ele dominou e abateu, localizou-se às margens do ribeirão da Fidelidade, apossando-se de enorme extensão territorial onde hoje se assenta a importante fazenda que conserva o seu primitivo nome.

Em 1813, Laia teve que partir para as guerras da Regência visto Ter sido para isto notificado, de ordem do capitão da Guarda Nacional, pelo cabo José Brum. Entrando em batalha. Laia trouxe a certidão desse feito em sua fada crivada de balas.

Em 1836, Laia vendeu ao Furriel Ângelo Vieira de Souza o direito de posse e propriedade que havia adquirido por concessão aos colonos e soldados dos quartéis apelidados – MONTANHAS.

Em 1842, o Furriel Ângelo comprou a Silveira Barbosa, representado pelo seu procurador Francisco Laia, a posse do córrego das Duas Barras e doou 40 alqueires para patrimônio. Existia no logar uma pequena abertura ou roçado. O venerando ancião mandou fazer derrubadas, descortinando uma grande área à margem esquerda do rio Casca. Ai construiu, com seus próprios esforços e com auxilio dos discípulos do mesmo Laia, uma capela cercada de esteiras de taquara e coberta de palhas dos arrozais.

Fez também, por esta ocasião, um cemitério.

A capela sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição da Fidelidade do Casca, e o cemitério foram sagrados pelo Padre Joaquim Antônio, sobrinho do velho barão do Pontal e que aqui celebrou a primeira missa.

Em 1842, iniciaram-se também as primeiras edificações, algumas delas tão sólidas e bem arquitetada que ainda se conservam, dando agradável aspectos às ruas  em que foram colocadas.

O gênio do Furriel Ângelo ideou, com admirável perfeição, o plano de construção da cidade. Ele próprio vinha escolher os lugares para as novas casas, traçando com a sua bengala o alinhamento das ruas. Dotado de admirável senso estético, o benemérito cidadão organizou depressa um povoado com ruas retilíneas e com praças simetricamente dispostas, delineando assim a traça da futura cidade de Rio Casca.

O povoado de Nossa Senhora da Conceição do Casca progredia rapidamente. Tempos depois, passou a denominar-se Bicudo (devido a grandeza do órgão nasal  do Furriel Ângelo e dos seus descendentes) nome este que conservou até a criação do município com a denominação de Rio Casca.

A criação do antigo distrito


A lei provincial n. 867, de 14 de maio de 1858, criou o distrito de Bicudo.

·         Enumeramos aqui os principais homens que colaboraram na formação de Bicudos, alguns deles contemporâneos do Furriel Ângelo e outros  que viveram em épocas posteriores, mas, todos eles credores da estima publica pelo muito que fizeram pelo lugar. São eles: Coronel José Vieira de Souza, João José Cupertino Teixeira, Dr. José de Oliveira Pinto Mosqueira, Dr. Manoel Vieira de Souza, Joaquim Vieira Rabello, Felisberto Vieira Rabello, Francisco Pereira Lima, Cel. Antônio Ildefonso Martins da Silva, Camillo de Lellis Mayrink, Manoel Joaquim de Acypreste, José Firmino Vieira de Souza, José Mariano da Costa Mól, Miguel Antônio da Silva, Alferes José Joaquim, Manoel Marianno da Costa Lanna, Antônio Vieira Rabello, Manuel Ribeiro da Costa, João Reginaldo Coelho, Altivo Dias Mendes, Francisco de Paula Fernandes Penna, Francisco de Assis Marcondes, José Emílio Starling, Sebastião Gonçalves Fontes e Antônio Pedro da Silva.
·         Em 1859, procedeu-se a primeira eleição para juiz de Paz, tendo sido eleito para o cargo o cidadão Antônio Vieira Rabello, homem respeitável e de notáveis qualidades morais, que desempenhou a honrosa investidura por longos anos.
·         O primeiro escrivão de Paz do distrito foi  José Vicente Ferreira.
·         O primeiro professor público foi Delfino Bicalho. Mais tarde foi funcionário público em Ouro Preto. Veio substitui-lo, no magistério, Francisco José de Santa Rita, professor de notável aptidão. Exerceram, depois, sucessivamente, o mesmo cargo em Bicudos os professores Joaquim Lourenço Machado, Joaquim Fiúza da Rocha e D. Francisca de Assis Marcondes.
·         O professor João Baptista de Souza Telles, o benemérito educador que aqui fundou e manteve, por longos anos, um colégio particular em que os nossos jovens conterrâneos bebiam os primeiros ensinamentos de línguas e ciências rudimentares. Varias gerações  passaram pelas suas aulas.
·         A estrada de ferro, cujo silvo estridente acordou os ecos dos nossos vales, veio intensificar ainda mais o trabalho, em todas as suas manifestações, abrindo novas possibilidades de grandeza econômica para o lugar.

terça-feira, 24 de abril de 2012

HINO DE RIO CASCA

RIO CASCA NO TERRA DE MINAS -1

Poesia - Eu fui, sou e serei.


Nasci há muitos anos
Fiquei ao lado dos homens
Das crianças, das mulheres.
Fui muito querido
Em todos os círculos sociais
Participei de muitas festas
Fui a bailes de casamentos
De formatura, de aniversário.
Vi nascer, crescer, morrer,
Tanta gente distinta
Que meus olhos riram
Alegraram e choraram
Contava tudo o que via e sentia
Era o favorito das moças
Dos rapazes, dos homens.
Quantas vezes servi de consolo
A quem chorava!
Infinitas vezes fui palhaço de muitos!
Mesmo com o coração amargurado, doente, quase a morte.
Eu fazia rir
Quem estava em melhores condições
Fui impiedoso em certas épocas
Não poupei os fortes cínicos
Em defesa dos fracos simples
Que não esqueci
Fui amigo de ricos, de pobres, de pretos, de branco
Dos magros, dos gordos;
Dos altos, dos baixos;
Chorei, sorri;
Brinquei, briguei;
Venci, perdi;
Depois dormi
Perdi-me na poeira dos anos
A idade avançava
Fui ficando velho, abatido, cansado.
O sono pesou-me as pálpebras
Hoje acordei
Acordei rindo
Porque uma vez me disse
“Acorda, RAPAZ!”.
Você ainda tem muitos anos de vida!
Ainda poderá vencer
E mostrar aos outros
Que vale alguma coisa!”
E ressuscitei
Já dizia o Eclesiastes.
Que tudo que é, foi e será.
Eu fui, sou e serei.
Ainda verei as mesmas coisas
Participarei das mesmas alegrias
Das mesmas tristezas
Porque nada há de novo
Debaixo do sol!
Digo: “presente”
Estou aqui
Aceitem-me
Eu sou
“O RIO CASCA”!